Lobos em pele de cordeiros
Por Vilmar Sidnei Demamam Berna
Estamos a tanto tempo nas lutas em defesa do meio ambiente e na tentativa de ampliar a consciência ambiental da sociedade, que temos dificuldade em reconhecer vitórias. O visível crescimento da consciência ambiental na sociedade não tem sido obra do acaso, mas resulta do esforço persistente e continuado, anos a fio, de ambientalistas, educadores ambientais, profissionais da imprensa, e tantas outras pessoas, voluntários e organizações de todo o tipo que não se deixaram abater pelas dificuldades e frustrações diante do ritmo de destruição e poluição ambiental, onde para cada avanço na defesa ambiental registrou-se um ou mais retrocessos.
É visível o crescimento dessa consciência ambiental especialmente nas últimas décadas. Mudamos de uma idéia que aceitava a poluição e a destruição ambiental como o preço amargo a pagar pelo progresso, para uma idéia de progresso que precisa levar em conta, por um lado, o meio ambiente e, por outro, uma melhor distribuição das riquezas geradas com a destruição da natureza.
As empresas tem se mostrado mais sensíveis à adequação ambiental apesar de ainda insensíveis quanto à necessidade de distribuir melhor a renda. Acionistas e empresários não investem num negócio para ter prejuízo, mas para ter lucros crescentes. Logo, a tendência é só cuidarem do meio ambiente e distribuírem melhor a renda se forem obrigadas, seja pelos clientes e consumidores, seja pela legislação.
Não é à toa que as empresas invistam tanto no financiamento de campanhas política. Precisam de legisladores e administradores públicos comprometidos com os seus interesses privados. Assim como também precisam de publicitários, jornalistas, marqueteiros que saibam usar as palavras e as idéias ambientais para passar ao público consumidor uma imagem de ambientalmente responsável. E quanto mais consciente estiver a sociedade, maior terá de ser o esforço para se mostrarem sinceras.
Não é suficiente apenas adotar medidas de ecoeficiência, de inertização de carbono, reciclagem, plantar árvores ou criar novas unidades de conservação. É preciso distribuir renda para que as pessoas tenham cada vez menor necessidade de extrair recursos do Planeta para o atendimento de suas necessidades. E esta talvez seja a maior dificuldade. Algumas empresas e políticas governistas têm usado a legítima necessidade de todos a moradia, emprego, alimentação, educação, segurança para justificar um tipo de progresso que deixa atrás de si um rastro de destruição e poluição, enquanto concentra renda, aumenta os lucros de uns poucos e financia campanhas políticas, em detrimento de grande maioria de excluídos que continua tão necessitada quanto antes, só que agora tendo de conviver também com um meio ambiente arrasado e insalubre.
Que papel devem desempenhar aqueles que sempre estiveram na resistência deste modelo, agora que a consciência ambiental começa a tomar toda a sociedade?
Esta mesma pergunta fizeram alguns ambientalistas pós-Eco 92, quando a questão ambiental deixou os nichos das ONGs ambientais para ganhar a sociedade. Algumas ONGs passaram a ser uma espécie de consultoras e executoras de projetos ambientais, financiadas por empresas e governos. Uma resposta interessante que enfrenta o desafio de levar soluções concretas onde antes só havia problemas ambientais.
Outras ONGs preferiram enfrentar o desafio de outra maneira, empenhando-se em fiscalizar e desmascarar as falsas promessas e revelar as garras e dentes dos lobos por debaixo da pele de cordeiro de alguns gestos e palavras de amor eterno ao Planeta. Também fundamental para que a sociedade se mantenha alerta e continue a cobrar melhores resultados ambientais.
Estamos a tanto tempo nas lutas em defesa do meio ambiente e na tentativa de ampliar a consciência ambiental da sociedade, que temos dificuldade em reconhecer vitórias. O visível crescimento da consciência ambiental na sociedade não tem sido obra do acaso, mas resulta do esforço persistente e continuado, anos a fio, de ambientalistas, educadores ambientais, profissionais da imprensa, e tantas outras pessoas, voluntários e organizações de todo o tipo que não se deixaram abater pelas dificuldades e frustrações diante do ritmo de destruição e poluição ambiental, onde para cada avanço na defesa ambiental registrou-se um ou mais retrocessos.
É visível o crescimento dessa consciência ambiental especialmente nas últimas décadas. Mudamos de uma idéia que aceitava a poluição e a destruição ambiental como o preço amargo a pagar pelo progresso, para uma idéia de progresso que precisa levar em conta, por um lado, o meio ambiente e, por outro, uma melhor distribuição das riquezas geradas com a destruição da natureza.
As empresas tem se mostrado mais sensíveis à adequação ambiental apesar de ainda insensíveis quanto à necessidade de distribuir melhor a renda. Acionistas e empresários não investem num negócio para ter prejuízo, mas para ter lucros crescentes. Logo, a tendência é só cuidarem do meio ambiente e distribuírem melhor a renda se forem obrigadas, seja pelos clientes e consumidores, seja pela legislação.
Não é à toa que as empresas invistam tanto no financiamento de campanhas política. Precisam de legisladores e administradores públicos comprometidos com os seus interesses privados. Assim como também precisam de publicitários, jornalistas, marqueteiros que saibam usar as palavras e as idéias ambientais para passar ao público consumidor uma imagem de ambientalmente responsável. E quanto mais consciente estiver a sociedade, maior terá de ser o esforço para se mostrarem sinceras.
Não é suficiente apenas adotar medidas de ecoeficiência, de inertização de carbono, reciclagem, plantar árvores ou criar novas unidades de conservação. É preciso distribuir renda para que as pessoas tenham cada vez menor necessidade de extrair recursos do Planeta para o atendimento de suas necessidades. E esta talvez seja a maior dificuldade. Algumas empresas e políticas governistas têm usado a legítima necessidade de todos a moradia, emprego, alimentação, educação, segurança para justificar um tipo de progresso que deixa atrás de si um rastro de destruição e poluição, enquanto concentra renda, aumenta os lucros de uns poucos e financia campanhas políticas, em detrimento de grande maioria de excluídos que continua tão necessitada quanto antes, só que agora tendo de conviver também com um meio ambiente arrasado e insalubre.
Que papel devem desempenhar aqueles que sempre estiveram na resistência deste modelo, agora que a consciência ambiental começa a tomar toda a sociedade?
Esta mesma pergunta fizeram alguns ambientalistas pós-Eco 92, quando a questão ambiental deixou os nichos das ONGs ambientais para ganhar a sociedade. Algumas ONGs passaram a ser uma espécie de consultoras e executoras de projetos ambientais, financiadas por empresas e governos. Uma resposta interessante que enfrenta o desafio de levar soluções concretas onde antes só havia problemas ambientais.
Outras ONGs preferiram enfrentar o desafio de outra maneira, empenhando-se em fiscalizar e desmascarar as falsas promessas e revelar as garras e dentes dos lobos por debaixo da pele de cordeiro de alguns gestos e palavras de amor eterno ao Planeta. Também fundamental para que a sociedade se mantenha alerta e continue a cobrar melhores resultados ambientais.
Comentários