Delegado deve encaminhar denúncias contra deputado ao MP
Segundo Neves, o deputado e o irmão dele, o vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, do PMDB, seriam chefes de milícia em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e teriam ordenado o ataque à delegacia. O parlamentar negou envolvimento com o crime e chegou a insultar o delegado.
O vereador Jerominho está preso denunciado por formação de quadrilha. Ele também negou as acusações. Por ter foro privilegiado, o deputado estadual Natalino Guimarães responde em liberdade pelo mesmo crime.
Operações policiais em Campo Grande
À tarde, investigadores fizeram novas buscas a provas contra os policiais civis que participaram do atentado e aos integrantes das milícias da região. De acordo com a polícia, as operações são por tempo indeterminado.
Os policiais checaram uma denúncia de que haveria uma reunião de representantes das milícias num condomínio vizinho à Favela do Barbante, em Campo Grande. A síndica foi levada à delegacia para prestar esclarecimento e dois homens foram detidos.
Segundo os investigadores, os dois policiais que deram cobertura ao ataque já foram identificados. O carro de um deles estava estacionado a menos de 20 metros da delegacia na hora do atentado.
Em nota, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que o ataque à bomba ocorrido na madrugada desta quarta-feira “é um ato grave e só reforça a decisão da Secretaria de Segurança de investigar e prender os grupos que tentam estabelecer áreas de exploração no Rio de Janeiro.”
“A identificação e a prisão em poucas horas de envolvidos no atentado é exemplo de nossa determinação. Em hipótese alguma as polícias do Rio vão recuar na repressão a milicianos, traficantes ou qualquer criminoso que venha ameaçar a legitimidade do Estado”.
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