Capitalismo Democrático Liberal
Adam Smith, considerado o Pai da moderna economia, deu à sua mais famosa obra, ainda em pleno século XVIII, o nome de “Uma investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”. Evidentemente, ele não perdeu seu precioso tempo investigando as causas da pobreza das nações, pois sabia que a mesma não tem causas, já que é o estado natural do ser humano e, conseqüentemente, das nações. A pobreza, portanto, é o resultado da inércia. Se você é daquele tipo meio alucinado, que deseja experimentar o sabor da penúria, simplesmente não faça nada; livre-se dos seus bens, deite-se “eternamente em berço esplêndido”, como diz a anedota – digo, o hino – e eu garanto que a miséria virá fazer-lhe companhia.
Não por acaso, durante a maior parte da história humana, a pobreza foi a norma, a condição natural de nossos antepassados. Extraordinária mesmo é a riqueza. Adam Smith sabia perfeitamente disso, desde o século XVIII, mas, infelizmente, ainda hoje, há muita gente que não compreendeu esta singela questão, e continua perguntando, equivocadamente, o que causa a pobreza.
A resposta mais freqüente para esta falsa questão costuma ser uma completa falácia: Fulano é pobre porque Beltrano é rico ou a nação X é rica porque explora a nação Y. O raciocínio – se é que há algum – por trás desta enormidade é que existe uma quantidade fixa de riqueza na natureza, da qual os ricos ficam com a maior parte.
Isso é um absurdo. De fato, a riqueza é criada pelo homem, através da produção, do empreendedorismo, da especialização e da divisão do trabalho, e, acima de tudo, pelo mecanismo de trocas no mercado. Por isso, no lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e redistribuí-la aos pobres, deveríamos implementar as condições necessárias para que o maior número possível de pobres pudessem juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.
Vou repetir devagar para que você não entenda errado: Por isso, no lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e redistribuí-la aos pobres, deveríamos implementar as condições necessárias para que o maior número possível de pobres pudessem juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.
As nações pobres da África não vão tornar-se ricas porque os países ocidentais lhes dão esmolas. Pelo contrário, elas só sairão da pobreza produzindo e trocando bens e serviços. A verdadeira batalha é criar o ambiente ideal para o enriquecimento das sociedades como um todo e, dessa forma, melhorar as condições de vida de todos os que nelas vivem.
Boa parte das nações do mundo ocidental já venceu esta batalha e hoje encontra-se sob o modelo de organização social que se convencionou chamar de capitalismo democrático liberal.
O capitalismo democrático liberal prevê um ambiente com poucas restrições à atividade econômica privada. Ele desenvolve-se dentro de um sistema que defende o direito à propriedade e o respeito aos contratos. Nesse ambiente, florescerá a competição e o esforço de empresas e indivíduos.
No Brasil, infelizmente, estamos ainda muito longe desse capitalismo democrático liberal. Temos uma mentalidade avessa ao lucro e extremamente assistencialista.
Nutrimos grande admiração pela intervenção do governo na economia. São centenas de milhares de regulamentações, exceções, reservas de mercado, tarifas aduaneiras protecionistas, impostos e taxas às pencas. Sem falar das legislações trabalhista e sindical, que transformam a contratação de mão de obra num ônus pesadíssimo e arriscado. Junte-se a isso um sistema tributário boçal, que, além de pesado e ineficiente, transforma o contribuinte em empregado do fisco. Enfim, tudo que o Estado brasileiro pode fazer para atrapalhar a livre iniciativa, ele faz e faz com grande presteza.
E o direito de propriedade, hem? Começa achincalhado desde a Constituição Federal, que o coloca subordinado à tal "função social". Qualquer coisa que você possua, inclusive a força do seu trabalho, na verdade pertence ao Estado, e é “sua” somente porque os “príncipes eleitos” delegam a você certos privilégios temporários em relação a ela.
Como o respeito aos contratos e o Estado de Direito não estão plenamente assentados, nem em termos das leis nem da ética.
Como se vê, ainda temos um longo caminho a percorrer até que consigamos estabelecer no Brasil os requisitos básicos para o nosso progresso. Para início de conversa, será necessário reverter a mentalidade tacanha que impera por essas bandas, cujo mote é a demonização da riqueza e a apologia da pobreza como valor moral. Sem isso, nunca chegaremos a parte alguma.
Você conhece a piada dos dois operários – um brasileiro e outro americano – que trabalhavam numa obra de rua em Miami? Ao verem passar uma Ferrari, o americano, cujo pensamento foi certamente moldado pela velha “ganância” ianque, diz mesmo: “vou trabalhar muito, de sol a sol se preciso for, até poder comprar um desses”. Já o brasileiro, extravasando toda a sua raiva contra os ricos, vomita: “Esse ladrão deve ter roubado muito!”.
Não por acaso, durante a maior parte da história humana, a pobreza foi a norma, a condição natural de nossos antepassados. Extraordinária mesmo é a riqueza. Adam Smith sabia perfeitamente disso, desde o século XVIII, mas, infelizmente, ainda hoje, há muita gente que não compreendeu esta singela questão, e continua perguntando, equivocadamente, o que causa a pobreza.
A resposta mais freqüente para esta falsa questão costuma ser uma completa falácia: Fulano é pobre porque Beltrano é rico ou a nação X é rica porque explora a nação Y. O raciocínio – se é que há algum – por trás desta enormidade é que existe uma quantidade fixa de riqueza na natureza, da qual os ricos ficam com a maior parte.
Isso é um absurdo. De fato, a riqueza é criada pelo homem, através da produção, do empreendedorismo, da especialização e da divisão do trabalho, e, acima de tudo, pelo mecanismo de trocas no mercado. Por isso, no lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e redistribuí-la aos pobres, deveríamos implementar as condições necessárias para que o maior número possível de pobres pudessem juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.
Vou repetir devagar para que você não entenda errado: Por isso, no lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e redistribuí-la aos pobres, deveríamos implementar as condições necessárias para que o maior número possível de pobres pudessem juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.
As nações pobres da África não vão tornar-se ricas porque os países ocidentais lhes dão esmolas. Pelo contrário, elas só sairão da pobreza produzindo e trocando bens e serviços. A verdadeira batalha é criar o ambiente ideal para o enriquecimento das sociedades como um todo e, dessa forma, melhorar as condições de vida de todos os que nelas vivem.
Boa parte das nações do mundo ocidental já venceu esta batalha e hoje encontra-se sob o modelo de organização social que se convencionou chamar de capitalismo democrático liberal.
O capitalismo democrático liberal prevê um ambiente com poucas restrições à atividade econômica privada. Ele desenvolve-se dentro de um sistema que defende o direito à propriedade e o respeito aos contratos. Nesse ambiente, florescerá a competição e o esforço de empresas e indivíduos.
No Brasil, infelizmente, estamos ainda muito longe desse capitalismo democrático liberal. Temos uma mentalidade avessa ao lucro e extremamente assistencialista.
Nutrimos grande admiração pela intervenção do governo na economia. São centenas de milhares de regulamentações, exceções, reservas de mercado, tarifas aduaneiras protecionistas, impostos e taxas às pencas. Sem falar das legislações trabalhista e sindical, que transformam a contratação de mão de obra num ônus pesadíssimo e arriscado. Junte-se a isso um sistema tributário boçal, que, além de pesado e ineficiente, transforma o contribuinte em empregado do fisco. Enfim, tudo que o Estado brasileiro pode fazer para atrapalhar a livre iniciativa, ele faz e faz com grande presteza.
E o direito de propriedade, hem? Começa achincalhado desde a Constituição Federal, que o coloca subordinado à tal "função social". Qualquer coisa que você possua, inclusive a força do seu trabalho, na verdade pertence ao Estado, e é “sua” somente porque os “príncipes eleitos” delegam a você certos privilégios temporários em relação a ela.
Como o respeito aos contratos e o Estado de Direito não estão plenamente assentados, nem em termos das leis nem da ética.
Como se vê, ainda temos um longo caminho a percorrer até que consigamos estabelecer no Brasil os requisitos básicos para o nosso progresso. Para início de conversa, será necessário reverter a mentalidade tacanha que impera por essas bandas, cujo mote é a demonização da riqueza e a apologia da pobreza como valor moral. Sem isso, nunca chegaremos a parte alguma.
Você conhece a piada dos dois operários – um brasileiro e outro americano – que trabalhavam numa obra de rua em Miami? Ao verem passar uma Ferrari, o americano, cujo pensamento foi certamente moldado pela velha “ganância” ianque, diz mesmo: “vou trabalhar muito, de sol a sol se preciso for, até poder comprar um desses”. Já o brasileiro, extravasando toda a sua raiva contra os ricos, vomita: “Esse ladrão deve ter roubado muito!”.
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