Aprovado projeto de lei que proíbe o parto normal na rede particular de saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil é o nº 1 em cesarianas em todo o mundo. Na rede privada, o índice de partos cesáreos chega a 82% e na rede pública, 37%. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a taxa fique em torno de 15%. Com a constante recorrência do fato, o que seria uma sugestão apenas para situações de risco acaba de se tornar o “modo normal” de se ter um filho no país: ao menos na rede particular. Foi aprovada na Câmara a Lei nº 10.048 de 11 de fevereiro de 2013, chamada de “Não ao Parto Medieval”. A lei, endossada pela ANHOPA (Associação Nacional dos Hospitais Particulares),  visa tornar obsoleto e perigoso o parto normal, uma vez que é antiquado, violento, invasivo, extremamente arriscado para a mãe e o bebê e pouco lucrativo. “Aprovo com louvor essa atitude. Séculos de desenvolvimento científico a serviço da razão e da eliminação dos riscos. Por que sofrer uma dor medieval? Por que retirar o poder da mão do doutor? Acho absurda essa ideia temerária de gente ter filho em casa com parteira, doula ou sei lá o quê! Sem contar o tempo que se leva esperando a criança resolver nascer. A cada parto normal, perco 3 cesarianas! Em suma, perco dinheiro! Parto chique é parto agendado”, afirma Fabíola Assis Nunes, obstetra e presidente da ANHOPA.

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