Juízes alegam até calor para rejeitar o expediente integral

Presidente do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça, o desembargador Marcus Faver reagiu ontem mesmo à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga tribunais de todo o país a funcionarem, para atendimento ao público, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. Faver usou até o calor, entre outros motivos, para dizer que os servidores da Justiça não podem trabalhar no horário determinado. Anunciou que vai reunir os presidentes dos tribunais e ameaçou recorrer da ordem do CNJ. “É complicado, no calor, você respeitar o horário estabelecido (pelo CNJ). O Piauí tem um calor intenso das 12h às 15h, é quase impraticável trabalhar”, argumentou ele.
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de determinar o funcionamento de tribunais das 9h às 18h, sem interrupção, gerou revolta entre juízes e servidores. O presidente do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça, desembargador Marcus Faver, disse ontem que vai reunir o colegiado para discutir o assunto e, se for o caso, pedir para o CNJ rever a determinação. Ele chegou a alegar até que o calor, no caso do Norte e do Nordeste, impede o trabalho no expediente que o CNJ ordenou. A Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário nos Estados (Fenajud) também está protesta contra a decisão.
O novo horário de funcionamento vale para todos os tribunais do país, exceto o Supremo Tribunal Federal (STF), que não é submetido às decisões do conselho. A medida entrará em vigor após a publicação da determinação, o que deve ocorrer em duas semanas.
– Há leis que preveem só seis horas, diz
Faver argumentou que, em alguns estados, leis locais garantem a jornada de seis horas diárias. Por isso, disse, seria necessária a contratação de mais funcionários ou o pagamento de horas extras para o servidor esticar o expediente. Segundo Faver, não há recursos disponíveis para pôr em prática nenhuma das soluções

Comentários

rantavani disse…
Parece que a classe dos servidores da justiça, principalmente no norte e no nordeste não descobriu ainda que exististe ar condicionado.
A mentalidade deles esta mesmo no século 19, quando não existia ar condicionado por isso a justiça do brasil é tão pouco arejada.
Anônimo disse…
Enquanto isso, o médico e o professor e tantos outros profissionais, inclusive no Piauí, trabalham em locais sucateados, sem estrutura alguma, que dirá ar condicionado. E pra não falar de salários...

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