Agrotóxico, de ilegal lá fora a legal no Brasil

Enviado por Liana Melo -8.7.2009|15h29m

O Brasil é hoje o país que mais consome agrotóxicos no mundo. O país movimenta em torno de US$ 7 bilhões anuais com a compra destes produtos.
Só que por trás desta cifra imponente, há um panorama político perverso.
Levantamento da Fase mostra que empresas multinacionais trazem para cá agrotóxicos feitos com substâncias proibidas em muitas das maiores economias do mundo.

Ainda segundo estudo da Fase, a reavaliação destes agrotóxicos tem sido dificultada por disputas judiciais iniciadas pelas empresas do ramo.
A maioria das substâncias em questão está proibida na Comunidade Européia, nos Estados Unidos, Canadá, Japão, China e Índia.

Algumas das liminares obtidas pelas empresas e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) foram derrubadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aAdvocacia Geral da União (AGU).

Alguns exemplos de substâncias proibidas fora do Brasil e que ainda são usadas por aqui e cuja reavaliação está sendo detida:

ACEFATO - proibido na Comunidade Européia por neurotoxicidade, suspeita de carcinogenicidade e toxicidade reprodutiva

CIHEXATINA - proibido na Comunidade Européia, Japão, EUA e Canadá, por alta toxicidade aguda, suspeita de carcinogenicidade humana, toxicidade reprodutiva e neurotoxicidade

TIRAM - proibido nos EUA por mutagenicidade, toxicidade reprodutiva e suspeita de desregulação endócrina

FORATO - proibido na Comunidade Européia e nos EUA por alta toxicidade aguda e neurotoxicidade

METAMIDOFÓS - proibido na Comunidade Européia, China e Índia por alta toxicidade aguda e neurotoxicidade
Blog Verde - De olho nessa tal de sustentabilidade: posts de Tulio Brandão e Liana Melo - Blog Verde: O Globo
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